terça-feira, 27 de setembro de 2011

Vírgula - quando usá-la? - Parte 1.

Escrevo um texto e lá vem a dúvida: uso vírgula ou não? Este novo tópico do blog procurará ajudá-los! Espero que aproveitem!


(In: http://www.google.com.br/imgres?q=d%C3%BAvidas&um=1&hl=pt-BR&sa=N&tbm=isch&tbnid=61K2-cp16Hh-pM:&imgrefurl=http://acertodecontas.blog.br/financiamento-imobiliario/financiamento-imobilirio-o-blog-tira-as-dvidas/&docid=EKoR0DAmOFsIBM&w=247&h=400&ei=ahmCTuOvIMnEgQfO4L0w&zoom=1&iact=hc&vpx=268&vpy=458&dur=2477&hovh=286&hovw=176&tx=66&ty=160&page=2&tbnh=165&tbnw=102&start=25&ndsp=25&ved=1t:429,r:1,s:25&biw=1246&bih=858) 

Afinal, para que serve a vírgula?

A vírgula marca uma pausa de pequena duração. 

Quando empregamos a vírgula?

Usamos para separar elementos de uma oração e orações de um período.

1. Dentro de uma oração:

a) Separam-se elementos de uma mesma função sintática (sujeito composto, complementos, adjuntos), QUANDO NÃO VÊM UNIDOS PELAS CONJUNÇÕES e, ou, nem.

Seu cheiro, sua boca, seu olhar completam minha alma. (sujeito composto).

Eles somente precisam de amor, carinho, atitude. (complementos).

Ela declarara que os achava  doentes, pesados, ridículos. (adjuntos).

Note Bem (NB): Quando as conjunções e, ou, nem vêm repetidas numa ENUMERAÇÃO, usam-se vírgulas:

Procuram-se amores, e namoros, e vidas.

Viaja por amor ou ódio, ou curiosidade, ou ilusões.

Nem o mundo, nem o tudo, nem o nada podem detê-lo.


2. Utiliza-se a vírgula para separar elementos de funções sintáticas diversas, para realçar seus valores:

a) Isola-se o aposto, ou qualquer elemento explicativo:

Carol, a menina sonhadora, sonhava com o príncipe não encontrado.

Lígia, é claro, que sabia de toda a verdade.

b) Isola-se o vocativo:

Quando aprenderão, jovens teimosos

Amo-te, minha senhora!

c) Isola-seelementos repetidos:
 
Você, você, rapaz lindo, é quem quero esquecer.

- Nunca, nunca - disse ela - haverá amanhã.

d) Isola-se o adjunto adverbial ANTECIPADO:

Ontem, esqueceu da vida.

Depois daquela noite, alegrou-se.

NB: Quando os adjuntos adverbiais são pequenos (formados por um único advérbio), costuma-se dispensar a vírgula. Quando ela é usada, é para realçar o valor desteadvérbio:

Ontem, esqueceu da vida.

Ontem esqueceu da vida.

e) Usa-se para indicar a supressão (retirada/omissão) de uma palavra, que geralmente é um verbo, ou de um grupo de palavras:

 Naquela praia, dois jovens. ( = havia dois jovens)

Paz, alegria, sono, motivos de minha vida! ( = são motivos...)

3. Entre orações, emprega-se a vírgula:

a) Para separar as orações coordenadas assindéticas (orações independentes que não possuem conjunções ligando-as):

Ligou o som, dançou, bebeu, sorriu, dormiu.

Entrou em seu carro, ajeitou o banco, respirou fundo, a chuva desabava.

 b) Para separar as orações coordenadas sindéticas (orações indenpendentes, porém ligadas por conjunções), menos aquelas introduzidas pela conjunção e:

Trabalhava como um condenado, mas não cansava.

Não chores, porque ainda é tempo de sonhar. 


 Por hoje é só... Falando em dúvidas, lembrei-me de uma célebre reflexão de William Shakespeare:

"Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que, com frequência, poderíamos ganhar, por simples medo de arriscar".
  

  (William Shakespeare 
(In:  http://www.google.com.br/imgres?q=shakespeare&um=1&hl=pt-BR&sa=N&tbm=isch&tbnid=kCPhmnf0ZDFjfM:&imgrefurl=http://teatrandonamontecristo.blogspot.com/2011/03/dia-mundial-do-teatro.html&docid=CvF4IVMicjhSyM&w=460&h=276&ei=JxqCTtyDIZHAgQfN9swm&zoom=1&iact=rc&dur=392&page=1&tbnh=139&tbnw=186&start=0&ndsp=30&ved=1t:429,r:28,s:0&tx=66&ty=99&biw=1246&bih=858)


*  William Shakespeare (1564-1616), o mais famoso dramaturgo e poeta inglês de todos os tempos, compôs suas peças durante o reinado de Elizabeth I (1558-1603) e de James I, que a sucedeu. Casou-se em 1582 com Anne Hathaway, que tinha 26 anos e estava grávida. O casal teve uma filha, Susanna, e dois anos depois tiveram os gêmeos Hamnet e Judith. Por volta do ano de 1588, mudou-se para Londres e, em 1592, já fazia sucesso como ator e dramaturgo. Mas, eram suas poesias — e não suas peças — que eram aclamadas pelo público. Em virtude da peste, os teatros permaneceram fechados entre 1592 e 1594, impossibilitando seu contato com o público. Publicou dois poemas, "Vênus e Adônis", em 1593, e "O Rapto de Lucrécia", em 1594. Estes dois poemas e seus "Sonetos" (1609), que tornaram-se famosos por explorar todos os aspectos do amor, trouxeram-lhe reconhecimento como poeta. Escreveu mais de 38 peças, que estão divididas entre comédias, tragédias e peças históricas. Seus escritos são famosos até os dias de hoje, e suas atuações trouxeram-lhe riqueza (ele era sócio da companhia de teatro). Shakespeare não publicava suas peças, já que a dramaturgia não era bem paga. Na época, não havia direitos autorais. O autor pretendia que suas peças fossem representadas em vez de publicadas.

Com o dinheiro adquirido na companhia teatral, comprou uma casa em Stratford-upon-Avon e muitas outras propriedades, tais como hectares de terras férteis e uma casa em Londres. Escreveu a maioria de suas peças entre 1590 e 1611. Por volta de 1611, ele aposentou-se em Stratford-upon-Avon, onde havia estabelecido sua família.

Shakespeare morreu em 23 de abril de 1616, no mesmo mês e dia tradicionalmente atribuídos como sendo de seu nascimento.

(Fonte: http://www.releituras.com/wshakespeare_menu.asp) 



terça-feira, 20 de setembro de 2011

Minha dissertação de Mestrado.

O tema da minha dissertação foi "O poder da linguagem nas sociedades gracilianas". Deem uma olhadinha, se houver interesse! Comentários e críticas são bem aceitas sobre o universo do "velho Graça", como seus mais íntimos chamavam-no!


http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=109237
 
 
(In: http://www.google.com.br/imgres?q=gracilaiano+ramos&hl=pt-BR&biw=1280&bih=921&gbv=2&tbm=isch&tbnid=X3sfYPdOh1sxDM:&imgrefurl=http://pt.wikipedia.org/wiki/Graciliano_Ramos&docid=g4PZnTyz2-a8SM&w=200&h=288&ei=Xxl5Tq-3HcSCgAeT_bS0AQ&zoom=1&iact=rc&dur=361&page=1&tbnh=134&tbnw=93&start=0&ndsp=4&ved=1t:429,r:3,s:0&tx=59&ty=57)

Isso lembra-me, uma bonita canção:

Vida de gado Zé Ramalho

Vocês que fazem parte dessa massa,
Que passa nos projetos, do futuro
É duro tanto ter que caminhar
E dar muito mais, do que receber.
E ter que demonstrar, sua coragem
A margem do que possa aparecer.
E ver que toda essa, engrenagem
Já sente a ferrugem, lhe comer.
Eh, ôô, vida de gado
Povo marcado, ê
Povo feliz
Eh, ôô, vida de gado
Povo marcado, ê
Povo feliz
Lá fora faz um tempo confortável
A vigilância cuida do normal
Os automóveis ouvem a notícia
Os homens a publicam no jornal
E correm através da madrugada
A única velhice que chegou
Demoram-se na beira da estrada
E passam a contar o que sobrou.
Eh, ôô, vida de gado
Povo marcado, ê
Povo feliz
Eh, ôô, vida de gado
Povo marcado, ê
Povo feliz
O povo, foge da ignorância
Apesar de viver tão perto dela
E sonham com melhores, tempos idos
Contemplam essa vida, numa cela
Esperam nova possibilidade
De verem esse mundo, se acabar
A arca de Noé, o dirigível
Não voam, nem se pode flutuar,
Não voam nem se pode flutuar,
Não voam nem se pode flutuar.
Eh, ôô, vida de gado
Povo marcado e,
Povo feliz
Eh, ôô, vida de gado
Povo marcado e,
Povo feliz

(http://www.youtube.com/watch?v=V25dmbvf4p4)
 
É isso aí! Consciência social, SEMPRE!