segunda-feira, 13 de julho de 2015

J ou G?

Muitas vezes, nos pegamos em dúvida sobre o uso correto da ortografia... Vamos ver algumas palavras que nos confundem!


(Imagem retirada de: http://tdncoaching.com.br/portfolio-item/confusao/)


1. Palavras com G:

a) VESTÍGIO; PRIVILÉGIO; PEDÁGIO; NECROLÓGIO; SUBTERFÚGIO > Palavras terminadas em -ÁGIO, -ÉGIO, -ÍGIO, -ÓGIO; ÚGIO: sempre com G.

b) CONTAGEM, VERTIGEM, FERRUGEM > Palavras terminadas em -AGEM, -IGEM
-UGEM: sempre com G.

2. Palavras com J:

São escritas com J as palavras formadas a partir de outras que terminam com a sílaba -JA:

* CanJA - CanJica.                          * LoJA - LoJinha.                       
* FranJA - FranJinha.                      * LaranJA - LaranJeira. 
* CereJA - CereJeira.                      * GranJA - GranJeiro.


>>> Atenção à grafia!!!!


>COM G: varGem, aGiota, muGir, farinGe, beGe, esfinGe, alGema, monGe, hereGe, meGera.

.COM J: sarJeta, traJe, maJestade, laJe, Jiló, Jeito, cafaJeste,berinJela, paJé, traJetória. riJeza.


>>> MUITA ATENÇÃO!!!


(Imagem retirada de: http://www.seguroviagem.cc/)


A viaGem foi muito boa. (Viagem é substantivo. Em dúvida, coloque o artigo "a" anteriormente à palavra).

Espero que eles viaJem bem. (Viajem é do verbo "viajar", conjugado para a 3ª pessoa do plural - eles ou elas).

Espero que tenham entendido!

Até a próxima!


Uso dos porquês.




(Imagem retirada de: https://quasepublicitarios.wordpress.com/2010/03/03/os-5-porques/)


1. Por que:

a) Início de perguntas:

Exemplo: Por que você é tão curioso?

* Neste caso, pode-se subentender que depois de "por que" podemos usar a palavra RAZÃO ou MOTIVO:

>>> Por que (RAZÃO / MOTIVO) você é tão curioso?

b) Quando podemos substituir "por que" por "pelo qual" e suas variantes:

Exemplo: Esse é o motivo por que  ( = PELO QUAL) te amo tanto...

2. Por quê:

>>>  Final de frases:

Exemplo: Ela é tão esnobe, por quê?

3. Porque:

>>>  Para respostas e frases afirmativas em que podemos substitui-lo por POIS ou COMO:

Exemplos: 

Estudo muito porque me preocupo com o futuro > Estudo muito, POIS me preocupo com o futuro.

Porque sabia nadar, jogou-se na piscina. > COMO sabia nadar, jogou-se na piscina.

4. Porquê:

>>> É sempre precedido de artigo "o" ou pronome "um":

Exemplos: Quero saber o porquê de tanto sono!
                   Deve haver um porquê de tanto sofrimento...




Mais uma vez...

Reativando o blog para mais dicas da nossa língua portuguesa!

Estou muito grata por suas visitas! Encerro com um poema de Fernando Pessoa:


 Quero ignorado, e calmo 
Por ignorado, e próprio 
Por calmo, encher meus dias 
De não querer mais deles. 

Aos que a riqueza toca 
O ouro irrita a pele. 
Aos que a fama bafeja 
Embacia-se a vida. 

Aos que a felicidade 
É sol, virá a noite. 
Mas ao que nada espera 
Tudo que vem é grato.

              Fernando Pessoa

(Imagem retirada de: http://www.mensagenscomamor.com/mensagens_de_agradecimento_de_obrigado.htm)

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Formação do Plural II

** Regras Especiais:

- Terminação "-ão": existem três maneiras...

>>>1. -ão em ões:

* Balão >> balões.
* Botão >> botões.
* Canção >> canções.
* Fração >> frações.
* Questão >> questões.

Neste grupo, segundo Celso Cunha & Lindley Cintra, se incluem TODOS OS AUMENTATIVOS:

* Amigalhão >>> amigalhões.
* Narigão >>> narigões.
* Vozeirão >>> vozeirões.

>>> 2. Terminação "-ão" em "-ães":

* Alemão >> alemães.
* Cão >> cães.
* Capitão >> capitães.
* Catalão >> catalães.
*Charlatão >> charlatães.
* Escrivão >> escrivães.
* Pão >> pães.
* Sacristão >> sacristães.
* Tabelião >> tabeliães.

>>>3. Oxítonos (última sílaba mais forte ao ser pronunciada) e TODOS os paroxítonos (penúltima sílaba mais forte ao ser pronunciada) acrescentam simplesmente S:

* Cidadão >> cidadãos (oxítona).
* Cristão >> cristãos (oxítona).
* Sótão >> sótãos (paroxítona).
* Órgão >> órgãos (paroxítona).
* Irmão >> irmãos (oxítona).
* Cortesão >> cortesãos. (oxítona).
* Bênção >> bênçãos (paroxítona).





Formação do Plural.

* Regra Geral: o plural dos substantivos terminados em vogal ou ditongo forma-se acrescentando-se S ao singular:

>> Mesa >>> Mesas (terminação em vogal).
>> Chapéu >>> Chapéus (terminação em ditongo = encontro de uma vogal + semivogal / semivogal + vogal).
>> Peru >>> Perus.
>> Herói >>> Heróis.

A regra é simples e boba. Mas, se em uma prova houvesse a pergunta: Justifique o uso de "s" para a formação de plural? Bem, agora, você já sabe: substantivos terminados em VOGAL ou DITONGO LEVAM "S" AO FINAL.

Fica a dica! Parece simples, mas em um concurso ou vestibular, pode dificultar! :)))))

Até mais! ;)





De volta!

Olá, pessoas bonitas!

Peço desculpas por ter sumido por um longo tempo... 

Volto com muita energia e alegria no coração para partilhar dicas da nossa linda e complicada Língua Portuguesa...

Feliz 2013 e viva a nossa Língua Portuguesa...

E já chego com a notícia da reforma ortográfica adiada... Pô! Eu sou totalmente contra... Creio que se perde toda a identidade cultural de todos os países envolvidos... Pergunte se Inglaterra, EUA, Canadá - entre outros países- irão mudar algo da escrita deles??? Como meus alunos dizem: "Fala sério..."...



Adiada a implantação oficial do Acordo Ortográfico de 1990

O governo federal adiou para 1º de janeiro de 2016 a implantação oficial do novo acordo ortográfico, antes prevista para janeiro de 2013. A decisão foi publicada nesta sexta-feira no “Diário Oficial da União”. 
Já se ouvem rumores sobre a possibilidade de alteração das novas normas, o que, entretanto, não parece estar nos planos do governo ou mesmo dos acadêmicos brasileiros e portugueses. O adiamento pode ser entendido mais como um gesto diplomático para fazer coincidir a implantação oficial em todos os países signatários do acordo.
É preciso observar que, em Portugal, o impacto da mudança é maior que no Brasil, uma vez que a ortografia do português europeu ainda mantém letras não pronunciadas (óptimo, objectivo, adoptar etc.), coisa que já abolimos por aqui em outra ocasião.
No Brasil, as alterações referentes à acentuação (voo, feiura, ideia, sequestro etc.) e ao uso do hífen (com algumas ressalvas importantes, de que vamos tratar nos próximos textos) já estão praticamente absorvidas – e a imprensa tem papel relevante nisso, uma vez que, desde 1º de janeiro de 2009, a nova grafia vem sendo usada diariamente nos meios de comunicação do país.
Embora a data oficial da implantação tenha sido adiada, não se pode dizer que as novas regras sejam “opcionais” até lá. O adiamento não torna a nova ortografia uma opção (como se cada um pudesse fazer o que bem entendesse durante três anos), mas apenas amplia o prazo dado às pessoas para aprender as regras e, sobretudo, para que se acostumem com a nova feição das palavras.
É difícil imaginar que alguém vá comemorar uma reforma ortográfica, qualquer que seja ela. Por complexo que seja um sistema ortográfico, a alteração sempre parece mais difícil porque implica voltar a aprender algo que, bem ou mal, já estava automatizado.
Havendo espaço para a rediscussão das alterações, será ótimo fazê-lo, mas com ponderação, observando que a reforma já trouxe simplificação em vários aspectos (por exemplo, no princípio de hifenização com os prefixos e na supressão de acentos).
É com esse espírito que, nos próximos textos, vamos tratar de alguns problemas que ainda podem receber mais atenção.

IN:

http://thaisnicoleti.blogfolha.uol.com.br/2012/12/28/adiada-a-implantacao-oficial-do-acordo-ortografico-de-1990/


Pois é, meu caro... Aí, você me diz: tanta reforma a fazer no Brasil...

(Imagem retirada de: http://www.google.com.br/imgres?hl=pt-PT&tbo=d&biw=1366&bih=667&tbm=isch&tbnid=03vk_3zJTFcGGM:&imgrefurl=http://criscaleduc.blogspot.com/2011/11/reforma-ortografica-para-que.html&docid=Xt8dPXuVsdSIoM&imgurl=https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEheDMJskUaC0mOPo6TqmZN3gk8rS13iyoYYpWhLRTSxv-6lGnSuwEoAkkiD_n2bDP_Sm-Se4oOTiSGTZvqH-05MNr3hFXXwiuiCTkkujFu97axYndj5VuxKya90-WvE9uTiHZCC5CPf4N0H/s1600/reforma-ortografica.JPG&w=550&h=389&ei=1d3lUJCvN66H0QGvuYDYBw&zoom=1&iact=hc&vpx=129&vpy=133&dur=9503&hovh=189&hovw=267&tx=121&ty=109&sig=113639926173255579579&page=1&tbnh=147&tbnw=208&start=0&ndsp=27&ved=1t:429,r:1,s:0,i:88)

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Tema polêmico!

Interessantíssimo o tema, pessoal! 

Afinal, a gramática deve ser seguida "a ferro e fogo" como o autor Napoleão Mendes de Almeida (Dicionário de Questões Vernáculas) ou observar a língua como poderosa ferramenta de dominação, como cita Marcos Bagno (Preconceito Linguístico - o que é, como se faz)?





Recomendo a leitura de ambos para ampliar a questão do ensino de gramática!

Boas leituras! :)

* Para quem se interessa, há o download do livro de Marcos Bagno: http://www.4shared.com/office/V3nZlfvs/Livro_preconceito_Linguistico.html